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Estresse e violência no trânsito

Diariamente, centenas de desentendimentos e brigas no trânsito são registradas no Brasil. Cláudio Melo, psicólogo da Holiste, esclarece quais são os principais fatores relacionados e às maneiras de prevenir o estresse no trânsito.

 

Uma confusão envolvendo um ônibus e uma viatura da polícia militar foi parar na delegacia, na última segunda-feira, dia 28 de março, região da cidade baixa de Salvador. Segundo testemunhas, o ônibus teria “fechado” a viatura da polícia militar, que entrou em perseguição ao mesmo.  Após conseguir parar o ônibus, os policiais conduziram o motorista algemado no fundo da viatura até a 3ª Delegacia do Bonfim, no que testemunhas classificaram como “uma condução violenta e desproporcional”. Diante de tantos casos de excessos e violência no trânsito, especialistas tentam identificar o que leva as pessoas a chegarem a comportamentos extremos nestas situações de estresse.

Principais causas

Atendendo ao convite da Rádio CBN, Cláudio Melo apontou a rotina estressante da vida moderna como um gatilho para estas reações extremadas: “Nós estamos em um momento, na humanidade em geral, de muitas mudanças e reposicionamento de valores. Isto tem elevado o estresse das pessoas. Até o crescimento desordenado da cidade tem aumentado a dificuldade da convivência no trânsito: muitos carros nas ruas, uma viagem mais longa, o trânsito maior. Isso eleva o estresse, o que é natural, pois as pessoas já ficam sob um estado de alerta constante, porque o estresse nada mais que o estado de alerta que começa a ficar cronificado”.

Medidas de prevenção

Melo chamou a atenção para algumas medidas que podem ser adotadas no intuito de minimizar o estresse diário: “O que realmente evita o estresse, o estado de alerta, é você se preparar. Quando você está numa situação na qual não está preparado você tende a um estresse muito maior. Quando você se prepara, quando você leva em consideração as questões da realidade em que está convivendo, você já tem uma possibilidade de estresse menor”. Para as pessoas que possuem um histórico de transtorno mental, seja ele depressivo ou eufórico, o psicólogo alerta: “Em casos que têm algum sintoma psicopatológico, ou seja, alguma coisa relacionada à um transtorno específico, é necessário que a pessoa procure um especialista”.

 

Ouça a matéria completa da Rádio CBN: