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Estresse no Trânsito

Aproximadamente 10% dos motoristas de ônibus de Salvador estão afastados do serviço. O estresse no trânsito aparece como uma das maiores causas desses afastamentos.

O estresse no trânsito atinge a todos. Mas, os motoristas de ônibus, taxis ou aplicativos de transporte estão sujeitos a um estresse maior, pois ficam mais tempo expostos ao trânsito. As consequências do estresse vão de um simples bate-boca a agressões físicas, podendo, em alguns casos, terminar em óbito.

O programa Band Cidade convidou Cláudio Melo, psicólogo da Holiste, para analisar o assunto e indicar quais medidas podem ser adotadas para evitar situações de risco decorrentes do estresse.

 

PRESERVAR A CONVIVÊNCIA

O primeiro ponto para evitar situações de conflito é o respeito ao espaço público, ao outro cidadão. Diante de situações adversas, como uma colisão entre veículos, o importante é manter a calma e não estimular o embate, o confronto entre as partes.

Para Cláudio, as situações mais graves têm raízes mais profundas, não são coisas do momento. Geralmente, o indivíduo já traz alguma adversidade pessoal estabelecida, e o evento de estresse no trânsito funciona apenas como um gatilho para uma ação extremada.

“O trânsito, por ser uma situação de extremo estresse (você tem que estar atento a diversas coisas ao mesmo tempo), ele pode, sim, desencadear algo que o sujeito já tenha: um estresse crônico, uma situação psicopatológica. Se o indivíduo, por exemplo, tem algum transtorno psicopatológico que não está bem tratado, o estresse pode ser um gatilho que vai desencadear algo agressivo nessa pessoa” – aponta o especialista.

 

PREVENÇÃO

O trabalho de prevenção, nesses casos, é mais complexo, pois depende que o indivíduo sensível ao estresse perceba o seu quadro e procure ajuda, preventivamente, o que geralmente não acontece. Na maioria dos casos as providências só são tomadas quando uma tragédia acontece.

Buscar ajuda é fundamental, e quando observados os primeiros sintomas de irritabilidade contínua, pequenas explosões de raiva ou mudanças drásticas de humor, um especialista deve ser procurado:

“Se é uma pessoa que já virou rotina, essas discussões, essas brigas, onde ele já se envolveu nesse tipo de atrito e agressividade, alguma coisa pode estar errada aí. Então, é necessário que ele procure um profissional, que ele procure se tratar, porque pode ser um indicativo, um sinal de um problema psicopatológico, e isso pode desencadear um comportamento agressivo” – conclui o psicólogo.

 

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