A meditação vem ganhando cada vez mais adeptos, que utilizam a prática como ferramenta facilitadora da concentração e redução da ansiedade e stress. O psicólogo Cláudio Melo participou da matéria do Jornal Correio sobre o assunto.
“A meditação pode auxiliar na desconexão e, portanto, na diminuição do estresse mental e, consequentemente, no relaxamento e na diminuição das tensões musculares crônicas, muitas vezes motivadas pelo estresse. A prática é um auxílio nesse mundo muito tensionado pelo excesso de informação e atividade”, explica Cláudio Melo.
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MEDITAÇÃO E NEUROCIÊNCIA
Sara Lazar, neurocientista da Universidade e Havard, realizou uma pesquisa de doutorado onde avaliou praticantes da meditação em comparação com aqueles que nunca haviam praticado, verificando que as pessoas que meditavam tinham aumentado a massa cinzenta em pelo menos três partes do cérebro, sendo que uma delas era o córtex frontal, área associada à memória de trabalho e a tomada de decisões administrativas.
“O córtex encolhe á medida que envelhecemos e fica mais difícil entender e lembrar das coisas. Os meditadores de longas datas tinham a mesma quantidade de massa cinzenta. Mais que jovens que não meditam”, garantiu a pesquisadora em seus estudos, afirmando que a meditação é uma forma de exercício mental.
SAÚDE MENTAL
Existem algumas pesquisas que buscam estabelecer essa conexão, segundo Cláudio Melo, nenhuma é absolutamente conclusiva a respeito do real efeito da meditação no tratamento de doenças mentais ou físicas;
“O que sabemos até o momento é que ela pode ser um coadjuvante importante no tratamento de alguns transtornos mentais como a ansiedade e o estresse e em enfermidades físicas como, por exemplo, no tratamento das dores crônicas, mas tudo isso acompanhado do devido tratamento psicoterápico e médico indicados”, acrescenta o psicólogo.