Diversas síndromes psiquiátricas (depressão maior, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático) podem cursar com ataques de pânico, geralmente desencadeados por situações fóbicas específicas. Um ataque de pânico é um episódio de intenso temor ou desconforto, no qual quatro ou mais dos sintomas seguintes desenvolvem-se e alcançam pico em 10 minutos. São eles: palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, dor ou desconforto torácico, náuseas ou desconforto abdominal, sensação de tontura, sensação de desrealização ou despersonalização, medo de morrer, medo de perder o controle ou enlouquecer, calafrios ou ondas de calor, parestesias (sensações de formigamento). Tais sintomas podem durar até 30 minutos.
O Transtorno de Pânico pode ocorrer associado à agorafobia. Esta se caracteriza pelo medo intenso de ir a locais públicos, principalmente àqueles onde não se pode sair com facilidade, ou pavor de permanecer sozinho.
Para considerar o diagnóstico de Transtorno de Pânico temos de afastar todas as outras causas de ataques de pânico. Além disso, após o ataque, é preciso observar, por pelo menos um mês, a existência de: intensa preocupação do indivíduo em ter outra crise; intensa preocupação de que outro ataque induza morte, perda do autocontrole ou problema cardíaco; mudanças comportamentais em função do ataque, como, por exemplo, medo de permanecer sozinho em locais públicos e medo de guiar veículos.
