Em entrevista ao Jornal da manhã, da TV Bahia, a psiquiatra Livia Castelo Branco explicou porque, em meio a pandemia, a vontade de tocar o rosto parece maior.
As mãos são um importante vetor de contágio do Coronavírus. Por esse motivo, uma das medidas de prevenção é evitar tocar olhos, boca e nariz, locais que funcionam como porta de entrada para o vírus em nosso corpo.
A psiquiatra Livia Castelo Branco explica que o ato de levar as mãos ao rosto pode ser considerado involuntário e, até mesmo, automatizado.
“A ansiedade produz substâncias no corpo, como a adrenalina e histamina, que geralmente são liberadas na parte do nariz e das orelhas. Então, quando a gente fica mais tenso ou desconfortável tende a ter uma coceirinha”, afirma a especialista.
Confira a entrevista completa:
Ansiedade
De acordo com estudos, o ser humano leva as mãos ao rosto pelo menos 23 vezes por hora. Durante a pandemia, o cuidado para evitar esse ato pode gerar preocupação excessiva, desencadeando quadros ansiosos.
A ansiedade faz parte de nossa rotina. Mas, quando ela dura por dias ou meses, gerando angústia e atrapalhando atividades diárias, é sinal de que pode existir algum transtorno que precisa de ajuda profissional.
“É comum se preocupar nesse momento. Mas se você passa muito tempo pensando nisso, deixa de fazer algo por conta dessa preocupação, realmente vale a pena refletir sobre isso e buscar ajuda profissional”, afirma a psiquiatra. Quanto mais cedo for tratada, mais rápida será a recuperação do paciente.
Como evitar levar as mãos ao rosto?
A pandemia do Covid-19 forçou uma reorganização de rotinas e reforçou a necessidade de hábitos regulares de higiene. Mas, mudar um comportamento pode levar algum tempo. Então, quais medidas podem ser tomadas para evitar o ato de levar as mãos ao rosto?
A especialista sugere que as pessoas tentem prestar atenção aos próprios movimentos. “Usar a mão que não é dominante para algumas coisas que for tocar, ajuda você a ficar mais atento aos seus movimentos e quando você for tocar o rosto, vai perceber e conseguir frear esse movimento”, finaliza.