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Suicídio: A importância do diálogo na prevenção

A cada 45 minutos, 1 brasileiro comete suicídio; em todo o mundo, a estatística é de 1 uma morte a cada 45 segundos. Estes dados alarmantes têm chamado a atenção da sociedade em relação ao suicídio e sobre a importância em se falar sobre o tema.

Em entrevista concedida à rádio Piatã FM, Dra. Livia Castelo Branco, psiquiatra da Holiste, falou sobre a campanha Setembro Amarelo e a importância do diálogo na prevenção do suicídio. Segundo ela, 9 a cada 10 suicídios são derivados de indivíduos que possuem algum tipo de transtorno mental. “É importante ter em mente que o suicídio é consequência de uma dor profunda, que leva o indivíduo a crer que somente a morte poderá solucioná-la. Em 90% dos casos, essa dor está relacionada a algum transtorno mental, alguma doença que pode ter sido diagnosticada ou não”.

Confira a entrevista completa:

TEMAS POLÊMICOS

Livia abordou alguns temas polêmicos que surgiram ao longo desse ano como a série da Netflix “13 reasons why”, na qual a história narra o suicídio de uma adolescente de 17 anose o jogo virtual da Baleia Azul, uma espécie de game que propunha diversos desafios para os jogadores, incluindo automutilação e por fim, atentar contra a própria vida. “A série teve pontos positivos por trazer este assunto à tona, mas talvez a forma como o suicídio tenha sido abordado e mostrado, não tenha sido a melhor, já que a produção enfatiza uma visão muito romantizada do suicídio”.  A psiquiatra alerta ainda para a falsa ideia que as pessoas têm em achar que falar sobre suicídio irá incentivá-lo, e ressalta que o diálogo é a melhor forma de prevenção.

IDENTIFICANDO O SOFRIMENTO

Questionada sobre como identificar possíveis indivíduos em sofrimento e com chances de cometerem o ato, ela explica: “É necessário observar os comportamentos das pessoas. Por exemplo, se era uma pessoa muito extrovertida e começa a ficar introvertida e mais isolada, ou se está apresentando sinais de desânimo e desesperança, tudo isso são indícios de que é preciso procurar ajuda”.

Para a psiquiatra, é comum observar pessoas próximas do paciente desacreditando sua dor, achando que a pessoa está fazendo um drama ou exagerando em seu relato. “Quando a pessoa relata estar vivendo uma dor psíquica intensa, que diz não querer mais viver e que a morte seria a única saída, é fundamental que se respeite esse sofrimento”.

Nos casos que apresentam automutilação, também é comum as pessoas acharem que o paciente quer “apenas chamar atenção”, seguidas de afirmações como “Quem quer se matar de verdade vai lá e faz, não fica ameaçando”. Segundo ela, “o principal é se mostrar disponível para escutar esse sofrimento e ajudar o paciente, encaminhando-o para um atendimento profissional”, finaliza.

CONFIRA TAMBÉM A MATÉRIA “SUICÍDIO É TEMA DE PALESTRA REALIZADA NA 6ª REGIÃO MILITAR” COM A DRA. LIVIA CASTELO BRANCO

O SETEMBRO AMARELO ACABOU, MAS O DIÁLOGO CONTINUA

Desde 2014 o Brasil conta com uma campanha de conscientização sobre o suicídio: o Setembro Amarelo. A campanha tem o objetivo de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo, suas formas de prevenção e a importância de se falar sobre o tema.

Este ano, a Clínica Holiste idealizou sua própria campanha com o mote “Suicídio: Quanto mais se fala, menos acontece”.  O objetivo é levar mais informação para a sociedade e ajudar a incentivar o diálogo como forma de prevenção.

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